Hoje, portanto, Globalização é um fator
condicionante de toda ação administrativa. A evolução tecnológica acelerada
é outro fator fundamental para a compreensão das mudanças que estão
ocorrendo; além disso, a descentralização dos processos de decisão e ação é
uma reação das organizações, em busca de agilidade, que está se consolidando
cada vez mais. Neste contexto, porém, o deslocamento do poder e a inversão
da pirâmide organizacional, caminhando para uma horizontalização das
empresas é uma tendência destacada. O uso cada vez mais generalizado da
informatização, onde as novas Tecnologias de Informação, cruzada com a
tendência globalizante, tem produzido efeitos curiosos no ambiente de
negócios.
Esse trabalho, porém, visa mostrar que o
administrador, como um agente de transformação dessas relações necessita de
um novo perfil, caracterizado pela necessidade emergente de mudar a sua
maneira de vislumbrar o processo de aprendizagem como uma forma de
qualificação e requalificação profissional, passando a concebê-la como um
instrumento de renovação de seus conhecimentos que ocorre no dia-a-dia das
organizações. Assim, torna-se importante fazer uma análise de como esse
administrador pode se tornar o principal elemento capaz de manter as
organizações competitivas e rentáveis, através da gestão do conhecimento,
utilizando-se das novas tecnologias de Informação como verdadeira aliada.
A Globalização e o novo perfil
Com a
globalização econômica, a temática prioritária no campo empresarial passou a
ser a competitividade. Nesse caminho, a necessidade de se impor em um
mercado sem fronteiras fez com que as economias substituíssem o trabalho
humano pela eficiência e perfeição da alta tecnologia, muitas vezes gerando
desemprego ou realocando trabalhadores para funções menos nobres.
Existem, atualmente 800 milhões de desempregados em todo o mundo. Nos países
subdesenvolvidos, a situação é ainda pior. É longo o caminho que precisam
percorrer para alcançar o nível de automação do Primeiro Mundo e, além
disso, amargam com freqüência dois tipos de desemprego: conjuntural -
causado pelo arrocho no crédito e taxa de câmbio que limita as exportações -
e estrutural - provocado pela mudança no processo de produção ou no mix de
bens e serviços produzidos em certos momentos. Esse último, resultante da
substituição do Homem pelas Máquinas.
Essa
redução dos empregos nas indústrias também está relacionada com as mudanças
organizacionais. Os administradores estão diminuindo os cargos de chefia, a
pirâmide organizacional e estão terceirizando grande parte das atividades.
Nas empresas modernas, multiplica-se a idéia de que é melhor subcontratar
serviços a contratar gerentes. O objetivo da empresa moderna é conseguir o
máximo de autonomia com o mínimo de intervenção humana. Respondendo a tantas
mudanças, o mercado sugere a necessidade de um novo perfil profissional: "As
empresas não mais precisam de profissionais eminentemente técnicos, e sim,
de pessoas voltadas para os processos de interpretação, elaboração e
transformação". O profissional de sucesso não é mais aquele especializado em
determinado assunto. Hoje, é preciso ter uma visão globalizada para atender
a um consumidor exigente.
Para
se obter esta qualificação profissional, entretanto, deve partir das
empresas a iniciativa de oferecer treinamentos, cursos de informática e
línguas estrangeiras e promover seminários internacionais, entretanto, se a
empresa não investir na qualidade de seus funcionários, o profissional
deverá tomar a iniciativa sempre que possível.
Enfim,
lidar com essas mudanças, inovações e saber navegar em informações, lidando
competentemente com pessoas em todos os níveis de poder, e tirando proveito
dos conflitos que surgem das crises diárias, são pontos de preocupação da
maioria dos administradores no ambiente atual.
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